negócio na Vila de Boa Esperança e começaram a prosperar: compraram pequenos sítios e passaram a viver de uma agricultura de subsistência. A decrepitude e a cupidez dos homens políticos notáveis de Alagoa Nova que sempre praticaram uma política de abandono ao seu distrito maior Boa Esperança cujos comerciantes caem sobre as autoridades dos agentes do fisco municipal ao serem atingidos pela cobrança de impostos exorbitantes que não tinha retorno ao progresso do distrito, criou um clima de agitação que levou ao confronto inevitável dos pequenos comerciantes feridos nos seus negócios, com isso iniciariam eles um movimento pela emancipação do seu Distrito tiveram que enfrentar porém a resistência da poderosa gestora Dona Yayá Tavares (Maria das Neves De Araujo Cavalcante) que tinha grande prestígio eleitoral no Estado, que lhe garantia a tutela Política de governanta do município de Alagoa Nova, ela não admitia que um pequeno distrito pudesse concorrer com o comércio da sua cidade, aumentou os impostos e queria mudar a feira livre de Boa Esperança que era no domingo. A Câmara de Vereadores de Alagoa Nova decidiu passar para o sábado levados pelo sentimento de inveja para não progredir, com a força da polícia inspetores fecharam a entrada da vila com piquetes por meio de violência então os comerciantes e proprietários rurais resolveram entrar numa guerra política e esta guerra iniciou um movimento denominado “Liberdade do Comércio” liderados pelos
comerciantes Antônio Gabino de Almeida Mendonça, José Diniz de Oliveira, Mathias Francisco Fernandes, Sebastião Nicolau da Costa, Bento Gonzaga de Araújo, Firmino Porfírio Delgado, Benedito Gomes da Luz, José de Souza Maia e outros que fizeram um abaixo assinado direcionado às autoridades competentes com repúdio, era 20 de maio de 1882, eles reinvidicavam ao presidente da província também a emancipação política administrativa de Boa Esperança. Apesar do distrito ser de maioria analfabeta contou com a união de ilustres filhos da terra como o coronel Elísio Sobreira que comandava a Polícia Militar do Estado e do poeta bacharel em Direito Dr. Silvino Olavo recém-chegado do Rio de Janeiro e de estudantes como Severino Irineu Diniz, Sebastião de Oliveira Lima e do Presidente da Câmara dos Deputados Samuel Duarte que lutou muito com espírito de trabalho dentro do Estado junto aos deputados, ao governador da época e então presidente João Suassuna para emancipação do município e enfim conseguiram sua emancipação pelo decreto 624 de 1º de
Dezembro de 1925 na grande festa o seu nome maior o grande poeta Silvino Olavo em seu pronunciamento: “Esperança Lírio Verde da Borborema, terra de Juventude e de Fé, sentisse hoje transfigurada no justo orgulho que a domina na honra, insigne que a empolga de receber no seio da sua simplicidade comovida
vos faremos desde já um juramento: Esperança, árvore nova
não consentira em ser força dos arbustos que vicejam a sua sombra e se o fizer
que anátema da natureza caia sobre ela com todas as suas cóleras e tempestades e os duandes e
espectros fantásticos bailem no seu sono atormentado; Porque Esperança Árvore
Nova tem a nobreza de querer ser também árvore boa para prodigalizar , com a
esplendidez nutridora do fruto, a fecundidade da semente e a espiritualidade do
perfume” (transcrito do Jornal A União, edição de 29 de
maio de 1925). Chegaram a conclusão que Esperança seria
administrada pelos comerciantes locais sem que os partidos políticos exercessem qualquer
influência capaz de quebrar-lhes a homogeneidade, até mesmo o Coronel Elísio
Sobreira designado pelo ex-presidente Solón de Lucena como chefe do Partido
Republicano local que teve que gerenciar junto ao corpo de eleitores que elegia
os representantes do Conselho Municipal foi nomeado para administrar a nova
cidade da Paraíba e sendo o primeiro prefeito o Comerciante Manuel Rodrigues de
Oliveira, era 29 de dezembro de 1925 imediatamente recruta seus auxiliares para
o cargo de secretário Teotônio
Cerqueira da Rocha como procurador
Pedro de Alcântara Torres, João Gonçalves de Lima para o cargo de Fiscal Geral, José Joaquim do Nascimento
para o cargo de porteiro, João
Clementino de Farias Leite o cargo de escrivão,
da delegacia, do júri, das Finanças, da Educação e dos Correios e Telégrafos,
o prefeito Manuel Rodrigues teve como mérito buscar dar contorno a nova
administração fazendo cumprir o decreto designatorio do presidente João
Suassuna de numero 1.443, datada de 12 de agosto de 1926 que reindexava o dia
22 de agosto do mesmo ano para a realização das eleições do Conselho Municipal
que seria integrado pelos cidadãos: Manuel Pessoa de Melo Leitão, José de
Araújo Souto, Jose da Cunha Neto, Francisco Bezerra da Silva, Anísio
Evangelista dos Santos, Jose Carolino Delgado e Cassimiro Jesuino de Lima.
Fonte: Museu do Rádio
de Antônio Barbosa, autor Gemy Cândido
Postado por: Jailson Andrade
e Pedro Wesley
Nenhum comentário:
Postar um comentário